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Quem Nunca?

Quem Nunca?

Quem Nunca?

Na sua vida cotidiana, ou melhor, na sua vida financeira cotidiana, quantos equívocos você já cometeu ou talvez ainda cometa?

Alguns desses equívocos, ou erros, escondemos a sete chaves. Afinal, ninguém gosta de errar, muito menos de ser julgado pelas suas vulnerabilidades. Isso é normal! Mas, talvez esses enganos do cotidiano sejam mais comuns do que se imagina e não precisem ser tão “guardados”. Melhor ainda, se forem compartilhados, podem abrir portas para o aprendizado.

No ano passado, quando comecei a utilizar mais as redes sociais para fins profissionais, fiz uma série de publicações com o apelo do “Quem nunca”, trazendo temas que, embora de natureza simples, em algum momento já perturbaram a saúde financeira de muitas famílias. Veja você se já não esteve (ou está) em alguma dessas situações

1) QUEM NUNCA ficou no vermelho?

São raras as pessoas que nunca passaram por algum aperto financeiro, algum evento imprevisto que as tenha feito utilizar de forma inadequada o limite de sua conta corrente. Quando isso ocorre por um fato momentâneo, é possível tomar medidas de ajustes e restabelecer o saldo da conta. Quando não é assim, quando o uso do limite da conta acontece de forma habitual, o custo é altíssimo! Quanto mais tempo a conta fica no vermelho, mais os juros vão tornando a recuperação difícil. Por isso, é uma armadilha a ser evitada – mesmo que, para isso, precise solicitar que o banco retire o limite que lhe foi oferecido.

2) QUEM NUNCA se perdeu no cartão de crédito?

O cartão de crédito é tido como um dos grandes vilões do orçamento familiar, mas, com consciência e estratégia, pode ser a melhor ferramenta de administração do seu orçamento e ainda render alguma viagem! Cartão de crédito nada mais é que um “meio de pagamento” – jamais deve ser confundido com “renda” ou utilizado como fonte de financiamento. Quem não consegue compreender essa diferença deve evitar seu uso; quem entende que é só uma ferramenta facilitadora de pagamentos pode inclusive obter vantagens de programas de pontuação, seja em viagens ou em compras comuns.

3) QUEM NUNCA ficou sem salário antes do fim do mês?

O mês mais longo que o salário é o pesadelo de muita gente. É muito mais sintoma de descontrole financeiro do que baixa renda/salário, por mais que essa afirmação desagrade. Resolver não é difícil, mas requer vontade de ajustar suas escolhas para organizar o mês financeiro e a remuneração. Com frequência, o simples ato de anotar e perceber gastos acaba corrigindo desvios causadores de “quinzena farta x quinzena escassa” nas contas da família.

4) QUEM NUNCA descontou “emoções” nas compras?

Muitas de nossas decisões são emocionais – fato! Raiva, ansiedade, medo, tristeza ou mesmo alegria e satisfação podem fazer com que “nos empolguemos” dentro da loja, do shopping, na viagem… Eu costumo “surtar” na livraria! Mas, se as suas contas de casa estão complicadas, tome cuidado para não fazer escolhas “instantâneas” no shopping, no mercado ou em sites de compras. Uma boa estratégia é, quando quiser ou precisar comprar algo, fazer a pesquisa de preços e, mesmo indo ver o objeto de desejo, ir com o firme propósito de não comprar na hora. Se for necessário, leve algum amigo(a) junto que seja isento e diga a ele(a) para tirá-lo da loja antes do momento derradeiro da compra. Se no dia seguinte (longe o impulso) você ainda sentir que o que deseja é NECESSÁRIO e que CABE no seu orçamento, realize a compra.

5) QUEM NUNCA teve que ficar em casa por falta de dinheiro?

O tema “financeiro” muitas vezes é odiado porque as pessoas associam planejamento financeiro com privação de alegria e lazer. Absolutamente não é isso! Persistir no propósito de ter uma vida financeira saudável não significa abrir mão de lazer e diversão. Aproveitar oportunidades culturais de baixo custo, ou mesmo gratuitas, e aproveitar a natureza saindo com a família e amigos para um piquenique ou churrasquinho no parque mais próximo podem ser muito mais proveitosos e prazerosos do que o evento internacional com o valor do ingresso próximo do salário mínimo. Opções ajustadas podem oferecer mais oportunidades de descanso e lazer do que imaginamos.

6) QUEM NUNCA se arrependeu de uma compra?

Chegou em casa e viu que não devia ter comprado, gastou o que não tinha ou comprou o que não necessitava! Algumas coisas têm como contornar: primeira pergunta, posso devolver e pedir o dinheiro de volta? Em alguns casos, sim! Ótimo, problema resolvido. Não consigo devolver? Era produto sem troca/devolução (sim, isso existe!). Sentar e chorar não resolve. Papel e caneta na mão, vamos ver as possibilidades para solucionar esse deslize. Não são poucas as alternativas se você usar a criatividade! Até o OLX pode ajudar…

7) QUEM NUNCA ficou sem salário/renda de repente?

Seja por desemprego ou uma queda tenebrosa de renda por eventos inesperados (cancelamento de contratos para autônomos, por exemplo), a interrupção de renda pode acontecer com qualquer um – é imprevisível! O fato causador talvez não seja previsível, mas o futuro pode ser “cuidado”. Ter planos contingenciais para situações extremas, seja pelo motivo que for, é prática recomendável sempre! Criar para você e sua família uma reserva de emergência (ou de oportunidade), capaz de contornar o momento crítico, estabelece um novo patamar de segurança e serenidade para buscar alternativas e reverter o quadro desfavorável.

8) QUEM NUNCA emprestou dinheiro e ficou sem receber de volta?

Empréstimos para irmão, irmã, cunhado(a), primo(a), amigo(a)… todos com justificativas muito importantes, causas justas, histórias comoventes. Isso é comum, mas lembre-se: você só pode dar o que lhe sobra! Sim, dar! Não raras vezes, quem empresta fica sem devolução total ou parcial. Então, trate esse tema com objetividade, com as seguintes ponderações: tenho sobrando, posso emprestar? Se sim, converse claramente com a pessoa sobre as condições: prazo, juros e forma de pagamento. Nada de “quando der, devolvo”! Também, sem melindres, proponha formalizar esse empréstimo através de um documento escrito. Se o interessado não gostar da ideia, desconfie… E se é alguém que você gosta muito e você tem de sobra, dê o dinheiro e conserve a amizade e o afeto! Mas seja muito criterioso quando fizer isso! Se o recurso for lhe fazer falta, a resposta é simples: basta dizer “não tenho”. Raciocine comigo: se a pessoa se preocupar com você o quanto você se preocupa com ela, não poderá ficar ofendida. Certo?

9) QUEM NUNCA ficou com medo do futuro?

Em um mundo ansioso, difícil não pensar no que pode acontecer amanhã ou daqui a 10 anos. Especialmente nós que já passamos dos 40 anos (ou um pouquinho mais). Medo de não conseguir garantir a educação e saúde dos filhos, medo de não ter onde morar ou como se manter na maturidade, sem os recursos necessários para o próprio conforto e segurança. Pensamentos assim assombram muita gente, às vezes viram um pesadelo, causa de frustração e depressão. Mas não precisa ser assim. Conhecer e programar uma vida mais confortável, sem deixar de viver o hoje, é possível, conservando a tranquilidade com boas escolhas – aquelas que proporcionem o que realmente importa e não somente o prazer momentâneo.

10) QUEM NUNCA se perdeu nas contas por não fazer as contas?

Invariavelmente, quem tem problemas financeiros deixa de fazer as contas e acompanhar ganhos e gastos durante o mês, durante o ano ou durante anos! Normalmente, lembramos (de cabeça!) das contas mais comuns: aluguel, condomínio, luz, telefone (dependendo do plano)… e o resto?! O “resto” pode ser maior do que esses itens. Tente responder às seguintes perguntas: quanto você gastou em cafezinhos e lanches no último mês? Quanto você gastou em bares e restaurantes? Quanto exatamente você gastou no mercado no último mês? Outra: qual foi a última vez que você analisou o extrato bancário e o extrato do cartão de crédito? Se não houver uma rotina para avaliar as informações financeiras, há um risco muito grande de sua saúde financeira estar em perigo. Mesmo que a renda seja boa, que todos os pagamentos estejam em dia e que não existam dívidas, talvez seu futuro esteja perdendo qualidade para um “hoje” pouco percebido.

Mas, o que eu quis chamar a atenção é para o fato de que, quando nos achamos os mais desajeitados ou desafortunados nesse mundo tenebroso do “ter ou não ter” dinheiro, passar ou não passar por apertos financeiros e toda sorte de incertezas de contas bancárias comprometidas, há um exército de pessoas passando pelas mesmas coisas.

Já passei por todas essas experiências! Sim, todas! Por isso, a imagem do bom e velho Fusca! Afinal, quem nunca teve um Fusca, ou pelo menos andou em um… Se você tem mais de 40 anos, com certeza teve ou andou; se está entre os 30 e 40 anos, muito provavelmente andou; de 20 aos 30 anos, talvez tenha andado… Menos de 20 anos, pouco provável – mas um dia vai andar! O paralelo para essas experiências financeiras segue na mesma linha de raciocínio! Se você tem mais de 40 anos, já vivenciou alguma ou várias dessas situações, e se tem menos de 20 anos, ainda vai experimentar algumas delas! Certeza! Mas não se entristeça por isso, prepare-se: estude, aprenda, analise sua vida financeira.

Da minha experiência, ficou o aprendizado que, junto com minha formação, me ajudaram a resolver e, melhor: evitar a repetição de alguns erros. Aprendi como resolver e sair de cada uma delas, algumas mais dolorosas que outras, sem dúvida. Mas todas têm solução, desde que estejamos dispostos a olhar para os números sem preconceito – sim, é preciso olhar e somar ganhos e gastos para resolver muita coisa! Aliás, esse é um ponto que ainda vou tratar mais detalhadamente: por que contas e extratos bancários e de cartão de crédito são um tabu tão grande para tantos? Casais compartilham a intimidade, mas não compartilham o próprio extrato bancário?!

Mas, a mensagem é que o Coaching Financeiro se presta a esse tipo de suporte ao aprendizado. Dentro de um processo, onde se estabelece um objetivo, com o uso de ferramentas adequadas, alguns conceitos e hábitos são reposicionados para que você possa resolver seu problema ou alcançar sua meta. Não tenha medo, não se constranja, pense apenas em como se sentirá se tiver saúde financeira!

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