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Tenho pânico de números

Tenho pânico de números

Tenho pânico de números

Não raro encontro empresários bem-sucedidos que cresceram a partir de um ideal e muita persistência. Com base em sua experiência profissional, criaram bons negócios, mantendo-se financeiramente estáveis por anos, mas que desejam crescer e não sabem como. Especialmente quando sua atividade é centralizada ou focada na atuação e formação do próprio empresário empreendedor – ou seja, é totalmente dependente dele. E mais: raramente sabem como funcionam os NÚMEROS de sua empresa!

Crescer um negócio, uma empresa, é muito mais do que simplesmente ampliar o mercado. Em minha caminhada profissional, já encontrei excelentes negócios que não cresciam devido à centralização da gestão administrativa e financeira nas mãos do dono (ou donos), cuja formação não os qualificava para tal. Muitos nem procuravam se qualificar ou, pior, tinham aversão a esse conhecimento, executando algumas rotinas de forma intuitiva, sem qualquer compromisso com os resultados – isso ocorre em prestadores de serviços, comércio ou indústria.

Um exemplo de centralização operacional é o de um médico que se recusa a abrir uma filial de sua clínica por não poder estar em dois locais ao mesmo tempo, acreditando que o controle e a qualidade do atendimento de seus parceiros dependem de sua assistência direta. Ou um engenheiro, cuja formação técnica lhe permite criar e montar máquinas e equipamentos de alta qualidade, mas que não confia em um terceiro, por ele escolhido, para cuidar das contas a pagar e receber, chegando ao ponto de achar que ele próprio deveria emitir todas as notas fiscais, mesmo sem saber exatamente por que faz isso.

Enfim, as situações são inúmeras e, por vezes, até bizarras, em que empreendedores talentosos se perdem (e às vezes perdem o negócio) por não saberem ou terem verdadeiro “pânico” de avaliar números, analisar extratos de contas, fluxo de caixa e as possibilidades apontadas por esses dados, sobre os quais precisam tomar decisões – justificando que “no seu negócio” funciona diferente.

Qualquer empresário deve ter, e se não tiver, deve procurar, uma formação mínima em gestão administrativa e financeira – isso é condição de sobrevivência do negócio, independentemente de há quanto tempo ele exista! Não estou falando especificamente de cursos de formação na área, mas da atualização, do genuíno interesse pelo aprendizado, da mentoria ou da consultoria bem aproveitada. Pois não é necessário que o próprio empresário controle e manuseie todas essas informações – ele precisa CONHECÊ-las e saber AVALIÁ-las. Só assim conseguirá obter um planejamento financeiro minimamente seguro. Afinal, ninguém melhor que ele conhece o negócio – mas há uma ressalva: é preciso saber OUVIR.

O crescimento empresarial passa necessariamente pelo crescimento da base de apoio do empresário – base de apoio administrativa e financeira! De nada adianta “ganhar muito dinheiro” se o empresário não sabe como e onde gasta, mistura sua conta pessoal com a da empresa – mais cedo ou mais tarde, o desenvolvimento da concorrência ou do setor cobrará a parcela de planejamento financeiro que não foi feita – ou o banco e a Receita Federal farão isso primeiro!

Não é necessário adotar mecanismos complexos de planejamento administrativo e financeiro: um plano de negócios bem feito, um planejamento estratégico conciso e claro, e um simples orçamento financeiro são ferramentas essenciais – independentemente do tamanho da empresa!

Se o que comento aqui não é o seu caso: Parabéns! Mas, mesmo assim, insisto: a busca por conhecimento e a atualização constante são fundamentais para o sucesso e a sustentabilidade de qualquer negócio.

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